domingo, abril 20, 2008

Endereços.

Para quem pegou o COLAPSO e entrou neste site, vai um aviso. O endereço no aperiódico está errado, então aqui vão os endereços de onde surgiu o Colapso:

- http://dedoscruzados.blogspot.com - aqui é o endereço antigo, onde estão 99% dos textos.

- http://dialogoscasuais.thunderweb.com.br - este é o endereço novo, mas por enquanto ainda está bem vazio. Mas em breve o pessoal estará publicando nele e, se conseguirmos, levaremos os textos antigos para cá.

É isso.. abraços pessoar.

terça-feira, abril 15, 2008

Da impessoalidade


Continuando o processo dos posts pessoais, demasiadamente pessoais... Só me resta falar: "da impossibilidade da pessoalidade e da impossibilidade da impessoalidade".



Como é duro ser fraco
E no final sentir que há algo quebrado
Lá dentro, no interior.

Como quisera ter podido ser valente
Mesmo que de cabeça quente
Cuspindo fogo e ardendo brasa.

Quisera eu ter músculos verbais tão potentes
Pra não ser atropelado por essa gente
Que esmaga mesmo sem ter um trator.

Não que queira imputar-lhes culpa
Não, de forma alguma.
Culpado sou eu de aceitar tudo em candura

Mas o destino é cruel em ventos tais,
Quem mata menos às vezes é quem mata mais.
E se peço a minha gente de dentro,
Já não tão branda,
Uma outra dança..

... É certamente na esperança
De poder dançar melhor
De poder estar melhor
De poder ser melhor
De poder poder,
Assumir o posto que me clama.

-> A pintura é do renomado artista Frei Nando, ou como é vulgarmente conhecido, FernandoR.

quinta-feira, abril 03, 2008

Diletantismo e Reducionismo

Tenho uma confissão, queridas/os não-leitores: tenho uma paixão pelo diletantismo. Uma paixão pela paixão: amadora ou não, um interesse pela ampliação do interesse, pela complexidade quantitativa e qualitativa.

As pessoas hoje parecem ter repulsa à explosão de territorialidades polimorfas. Não queridos, vocês devem ser especialistas, depois de 30 anos de trabalhos com uma abordagem, com uma linha reconhecida dentro de uma ciência estabelecida, ai você tem um bom curriculum vitae para mostrar a todos, para conseguir mais um emprego. Não queira trabalhar em diversas áreas, não queira misturar teorias, não queira ser artista.... Não queira ficar numa corda bamba.

Tudo bem definido: ou A ou B. Arroz ou Camarão. E eu, e todo o conjunto de estranhos seres, que fazem toda uma bagunça intelectual - e também sentimental - arrastando, numa liberdade pitoresca, todo armazem de cimento do conhecimento, transformando-o num caos de possibilidades, territorilizando-se in situ, cada vez com uma cara diferente? Monstros, artistas, gozos, arquétipos, política, música, loucura.

A esses, o gosto amargo de um não-reconhecimento, de um distanciamento. O que importa deixa de ser criar, alterar, transmutar... o que vale é a monotonia de um cerceamento... monocausalidade, linearidade, previsibilidade, solaridade, masculinidade (mesmo nas mulheres)....

E os sonhos foram deixados de lado... Onde está, onde está, onde está aquela estranheza estrelar a deriva por entre luas e tortas?