terça-feira, outubro 31, 2006

Manifestação em solidariedade aos povos de Oaxaca

Manifestação em solidariedade aos povos de Oaxaca - Rio de Janeiro

Por Ação Global dos Povos

Convocamos a tod@s para a Manifestação em Solidariedade aos Povos de Oaxaca - 01/11, quarta-feira às 11h no Consulado Geral do México do Rio de Janeiro, Praia de Botafogo, 242 Convocamos a tod@s a se manifestarem exigindo o fim imediato da repressão a APPO (Assembléia Popular dos Povos de Oaxaca) e a população de Oaxaca. O chamado é urgente devido a extrema violência seguida de assassinatos(um voluntário do Indymedia morreu assassinado por tropas paramilitares) promovidos pelas instituições federais mexicanas desde o último final de semana contra a insurreição popular, a qual exige a renúncia do governador Ulisses Ruiz. Em seu governo, Ruiz é acusado de alta corrupção e tem promovido perseguições aos movimentos sociais. Tragam suas panelas, apitos, badulaques, indignação, sombreiros, tequila e solidariedade! Em solidariedade aos Povos de Oaxaca, Ação Global dos Povos - Rio

Para maiores informações: www.midiaindependente.org

Nova-mente em dia-gnóstico,


O caminho de fora se torna menor do que o de dentro,
Você não sabe como pode escapar,
Desde quando é assim?
Desde quando você é prisioneiro em sua casa?

Uma multidão te cerca e exige resoluções
Mas em desespero,
Você não pode deixar a guerra acabar

Não há caminho no qual se salvar,
Não existem estradas as quais trilhar
A não ser ir para fora e também lutar,
Mas quando você percebe que só há espelhos,
Como você poderia se auto-sabotar?

Desde quando é assim?
Desde quando você é prisioneiro em sua casa?
Desde quando você se vê nesta tormenta?
Desde quando você anda sem olhar para onde?

De um lado um ateu braveja um postulado
Contrariando a fé do atormentado,
Em um canto um velho senhor lê antigos tomos,
Enquanto atiradores preparam para matar um santo
Quando você reza, o que você sente?
Quando você se pega em tom clemente

Será que você não escuta, um tom apocalíptico,
O fim do mundo?
Ou um novo renascer?
É algo que está por vir,
Ou algo que esta por ser?

Um suspiro, um tanto heurístico,
Expressa seus desejos,
Um dia talvez eles se mostrem
Em carruagem celestial
E aquela Paz, que destrona infernos
Apareça num momento primordial.

Já existiu, momento ao qual...
Você me disse:
“Que maravilha!”
Não desista, nem em hipocondria,
De viver cada vez,
Um novo dia.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Identidade, Singularidade ou Si-Mesmo?

"Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der". Carl Gustav Jung

segunda-feira, outubro 23, 2006

O ter e o ataque!

O bonita, dotada de muita moça, gostava de andar por essas épocas, em longas muitos avenidosas. O prazer, que era seu amigo, acompanhava-lhe enquanto ela, dotada de muita moça, olhava as vitrines.
- Bonita, por que você não compra mais roupas?
- Ora, prazer, bem lhe entendo. Acho que comprarei.
Então, com segurança, seguiu ela pelas avenidas longas e, de sobre-salto, viu um belíssimo que usava um chapeloso maravilha –e também usava um homissimo belo -.
- Quanta audácia, creio eu, este belíssimo estar com esse maravilhoso que, digo e repito, é chapelissimo! - dizia bonita.
- Ora – concordou prazer – eu acho que belíssimo deveria se vestir com homens melhores.
- Concordadissimo! – disse bonita, meio que não entendendo nada.
Então todos eles, bonita, prazer, maravilha e belo, resolveram ir para a ilha de caretas. Onde, em seus iates, poderiam des frutar maravilhas modernas. Pois, como se sabe, hoje em dia quem tem poder é quem tem adjetivos!

segunda-feira, outubro 16, 2006

Compreensões acerca da psicopatologia contemporânea


A psicopatologia de base positivista, isto é, a psicopatologia dos manuais do DSM IV e SID, além do Compendio de Psiquiatria, apresentam alguns problemas sérios e que deveriam ser observados. A começar por sua ingenuidade científica, estes manuais não contém rigorosidade, pois, ao se considerarem científicos, não se dão ao trabalho de questionamento filosófico de suas bases, tal como, de suas próprias metodologias naturalizadas. É neste próprio movimento de ingenuidade, naturalização e busca de neutralidade que a psicopatologia perde, em nossa visão, toda sua base científica para entrar no campo do massacre social.

Ao não fazer esta analise ideológica-intencional de seu saber, mantém-se como instrumento de manutenção de uma ordem dominante, isto é, promove deliberadamente a tentativa de adaptação dos ditos loucos a sociedade, digamos em outras palavras: busca promover a re-adaptação do louco a média, ao instituído, ao trabalho alienado e a normalização estatística e inumana. O louco é alienado de toda causa-ação social, histórica, de todo movimento de sentido e relegado ao pano de marginal. É relegado ao plano de coisa, objeto, que desconhece qualquer vontade, desejo; o louco é aquele ser ontificado, onde toda sua criatividade é dita, como nos testes de Rorschach: “uma percepção mal vista”. Mal vista perante a média inundada de não vida e manipulada até os ossos, perguntar-se-á.

São incompreensíveis algumas das explicações “factuais” da nossa dita ciência psicopatológica. Sobram perguntas, e faltam respostas. Por exemplo, temos o caso dos assim chamados: “Sintomas prodrômicos” que seriam sintomas que apareceriam antes de em alguns casos de esquizofrenia (a esquizofrenia começando de forma linear, até seu desencadeamento), a outra possibilidade seria a esquizofrenia desencadeada de maneira não linear, abrupta. Estes sintomas poderiam durar até 1 ano antes do desencadeamento da esquizofrenia e seriam caracterizados pelos seguintes comportamentos bizarros (a palavra bizarro aqui já deve ser observada): retraimento social, as vezes o indivíduo se torna obediente, fantasioso, quieto, com poucos amigos, desenvolvendo interesse por idéias abstratas, pela filosofia, idéias místicas, interesse por questões religiosas, surgimento de idéias bizarras, queixas somáticas de dores, experiências perceptivas estranhas, descuido da higiene pessoal, comportamento incomum, ataque de raiva. Dificilmente todos os sintomas seriam encontrados, mas, comumente apenas alguns.

A possibilidade de definição de uma psicopatologia a partir das referencias dadas nos parece um pouco cômica e pode se tornar destrutiva na vida de um jovem, por exemplo, que por esse tipo de preconceito “científico” leva seu filho em fases de adolescência e conhecimento do mundo para um psiquiatra que, não salvo casos extraterrenos, lhe recomendará remédios. O estigma que marca um jovem levado a um psiquiatra pode ser grande, podendo vir a resultar numa série de comportamentos, claro que isso é uma especulação e que se levarmos em conta as subjetividades não poderemos chegar aqui a uma conclusão generalizante, especialmente por falta de estudo sobre o tema. Mas é interessante observar a violência e busca de adaptação obsessiva que se institui desnecessariamente.

Se tivermos a consciência de que diferentes pessoas se relacionam de diferentes formas com a realidade interna e externa, poderemos ter a compreensão de que existem pessoas introvertidas e outras extrovertidas, e é um tanto estranho uma classificação que privilegie um dos tipos psicológicos. Essa hierarquização de tipos nos parece filha da nossa sociedade, a qual procura, de maneira explicita, pessoas aptas ao trabalho, a produção e a criação de “coisas” que mantenham o sistema capitalista e “neo-liberal”. Para esse tipo de sociedade não é, supostamente, de boa valia pessoas introvertidas, que tenham interesses interiores, até porque esse tipo de interesse está intimamente ligado à criatividade e, paradoxalmente, a tradição. Sendo que toda originalidade é, em essência, subversiva. O novo é temido por qualquer movimento que procure a manutenção do atual. Está na hora da psicopatologia sair de sua explicação adaptativa e tirana, seja em sua defesa exagerada da máfia dos remédios (claro que aqui também não podemos cair no ponto opostos), seja em suas postulações rígidas e estratificantes, como também é o caso, diga-se de passagem, da estrutura na psicanálise.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Tempo

MortosVivosTownieCity

O que somos nós que nos dizemos livres?
Uma caricatura induzida de liberdade,
Uma alucinação coletiva de um modo de "ser-no-mundo"?
Uma marionete livre dentro do espetáculo?
Sobreviva até a velhice,
Humanisticamente inumano
Solte um grito de catarse possuído
Só mais uma parte do espetáculo definido
Nada parece se encaixar na era da modernidade
Tudo é tão fluxamente estático
Que chegamos realmente a achar que a roda gigante gira,
Que o rio flui e o que o novo presidente vai mudar as coisas,
Enfim, achamos até que somos livres,
Afinal, "livres", até achamos que somos!!
Achamos que sobreviver é viver
Sobreviver, é perder a chance de viver
E viver, é perder o direito de sobreviver,
Pelo menos aqui, em MortosVivosTownieCity

quarta-feira, outubro 04, 2006

Sabedoria Chinesa.


É incrivel como as mensagens que vem dentro dos biscoitos chineses SEMPRE tem razão na minha vida. Não é só incrivel, é de me deixar totalmente fora do lugar. E nessas situações da vida que exigem uma mudança de atitude, de compreensão, os biscoitos chineses fazem ainda mais sentido para mim. E como isso tudo já não bastasse eles VEM em DOIS. Pra mim isso parece mais uma grande piada cósmica e cheia de significação. As mensagens sabias dessa vez foram:

"A preocupação nunca venceu o destino".

e

"Você tem um coração amável e é bastante admirado".