Ela pediu,
Quando fui a procurar,
Em cada canto daquele manicomio.
Ela pediu,
Quando fui a procurar,
Naquele obscuro, temível e tão belo sonho
Não sei se vou poder,
Nem com toda minha força de viver,
Satisfazer a doçura da sua cor,
Nas pinturas do amor
E em cada traço lançado ao papel,
Sinto a insuficiência das minhas mãos
De trazer, de alguma forma,
A mais singela semelhança
Daquele momento
Um só momento
Seu olho e meu olho
Sua emoção e minha emoção
Nosso sofrimento
Teu adeus
O carro partiu contigo.
sexta-feira, agosto 20, 2010
segunda-feira, agosto 16, 2010
Imargens amorosas
Sua imagem ainda ronda meus devaneios.
Não se trata apenas de sombra,
Tampouco de seus beijos ou afagos,
Não se trata dos milênios de conversa
Tampouco do desejo e do desvairo
Você realmente mexeu comigo,
Mas não foi apenas você
Não foi a sua pessoa,
Tal como a minha,
Demasiadamente humana.
Foi muito mais inumano.
Foi o inumano em você que me tocou,
Além do toque, além do afago,
Além do beijo, além do sexo.
Foi um amor de comunhão,
Estupidamente emotivo,
Foi um amor de liberdade,
E meu ego perdeu-se nisso
Perdeu-se no apego
Pois há anos sonhava com você,
Naquele belo manicômio,
Correndo sem saber o porque
E, como nos sonhos,
Você fugiu
Por maior claridade que a razão possa dar
O tempo sempre foi anoitecido,
Anoitecendo,
Ou, também, amanhecendo
E sua imagem ainda ronda meus devaneios
Com o tempo,
Com o vento,
Laços inumanos são levados
Para outro canto, para não sei onde,
Mas sobra a certeza de que a liberdade,
A loucura, a estranheza mais bonita,
Jamais apagará do fogo da minha alma.
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