domingo, março 21, 2010

Santimento

Devaneio sempre e tanto,

Infame que sou,

Em qualquer canto,

Que só a Razão,

Filha de Apolo e Atená,

Me faria parar de delirar.

Espero que, mesmo que em espanto,

Seja sapiente em seu pranto

Para me abraçar ao me ver chorar

Pois que o Sentido, seja o que for,

É mais único do que poderíamos imaginar.

E nem a morte, nem o sexo,

Um dia irão o determinar.

Aqui-agora, Ali-Adiante,

O-que-passou...

O que me importa o que o sábio falou?

Sou mais eu não sendo quem sou.

... são tantas palavras e tantos gestos,

São tantos gritos e tantos murmúrios,

São tantas gentes, são tantos corpos...

O som, o cheiro, o calor,

A voz, o tempero, o sabor..

O amor,

Pra mim mais forte que qualquer intelectualidade,

Travestida em seu rubor.

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