quarta-feira, setembro 21, 2005

Fernando Pessoa

Bem, estou devendo um post sobre sonhos que ainda esta meio desogranizado.. mas espero essa semana ou na proxima postar ele... acredito que antes dele um post sobre "congruencia anarquista" devera brotar, influenciado pelas discuçoes acerca do anarquismo historico/classico e o anarquismo ontologico.

Vamos as belas poesias ;

Fernando Pessoa - Consciencia da pluralidade

"Nao sei quem sou, que alma tenho.
quando falo com sinceridade nao sei com quem sinceridade falo.
Sou variavelmente outro do que um eu que nao sei se existe (se é esse outros)
Sinto crenças que nao tenho. Elevam-me ansias que repudio. A minha perpetua atençao sobre mim perpetuamente me ponta traiçoes de alma e um carater que talvez eu nao tenha, nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me multiplo. Sou um quarto com inumeros espalhos fantasticos que torcem para reflexoes falsas em uma unica anterior realidade que nao esta em nenhuma e esta em todas.
Como o panteista se sente arvore (?) e ate a flor, eu sinto-me varios seres. Sinto-me viver vidas alheias, em incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada (?), por uma soma de nao eus sintetizados num eu postiço.
Se plural como o universo!"

Nenhum comentário: