quarta-feira, agosto 30, 2006

A viajem do trem à nova flor.


Quando o vento passa e soa com sua leve brisa,
Ameniza, o incontido desmembrar do trem
Mas não há vagão que não destrilhe,
Com o estilhaçar do armazém

E sobre os vinhos derrubados com vagar
Estão as flores, do inverno à primavera
Em todo sonho a gente sempre espera
Que o além vai nos ajudar,
Mesmo que também tenha o diabo,
Pronto para nos matar.

Em dias em que fulge o sol
Sempre há um excesso de chuva para compensar
O trem sempre vai, sempre vai passar

Mesmo quando a esperança afoga,
A gente reza, a gente roga
A gente faz, a gente preza
Por uma proeza que mais que depressa
Vá mostrar-se por trás da mascara
E rapidamente rejuntar

Os pedaços descarrilhados do trem embrigado
E dar nó, onde este, desfez-se em pó
Que vai mostrar a cor,
Para o que estava incolor
Ou fez-se daltônico por um momento,
E com ardor
Vai lutar por um cimento (mesmo que seja constrangedor)

E, assim, em linhas tortas
Em nós tão novos
Nasce aquela flor, alimentada com calor
Neste novo resplendor
Gerado pelo sangue quente, de um novo amor
Que esta por vir.

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