quinta-feira, janeiro 20, 2005

Num quarto de um prédio

Por qual encantamento
estarei envenenado?
Devo confesar-me aos prantos
deste meu grande enfado

Amo em demasia as pessoas,
e por elas sou condicionado
Em solidão a procura de mim
sinto-me um peixe a procura de um rato

Contudo, continuo na estrada de terra
Cercado, de pedras sem ver nenhuma delas
E de loucura e desespero sigo em meu apego
a procura do indeterminado

E a cafeina tomada
é só a profilaxia bem demonstrada
do espirito fraco que sou

Espirito esse,
Que ao seu próprio deleite
Permanece com fé
De descobrir quem se é
Em pura teimosia

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